Conectando comunidades:
o papel das redes de satélites na educação inclusiva
Redes satélites para uma educação remota mais inclusiva
A pandemia do Covid-19 inaugurou uma nova era nos sistemas de Educação do mundo em 2020. Para que estudantes de todos os níveis – do Básico ao Superior – pudessem continuar sua jornada de aprendizado, foi preciso integrar escolas, professores, livros didáticos, mecanismos de avaliação em plataformas digitais e fornecer ensino de qualidade.No Brasil, não foi diferente. O país testemunhou uma verdadeira revolução no cenário educacional, onde a demanda por serviços remotos e totalmente digitais experimentou um crescimento exponencial. Cenário que se manteve no Ensino Superior mesmo com a retomada do presencial.
Dados do Censo Educação Superior mostram que, entre 2011 e 2021, o número de ingressantes em cursos superiores de graduação, na modalidade de educação a distância (EaD), aumentou 474%. No mesmo período, a quantidade de ingressantes em cursos presenciais diminuiu 23,4%.Segundo a pesquisa, os cursos a distância tiveram mais matrículas que os presenciais pela primeira vez em 2020, e desde então lideram com folga. Em 2022, a cada 100 ingressantes no Ensino Superior, 65 se matricularam na modalidade EaD.
Mais do que isso. Aulas ao vivo, comunicação direta entre alunos e professores por meio de aplicativos, reuniões virtuais para planejamento pedagógico também passaram a fazer parte da rotina letiva, como estratégias para romper barreiras e melhorar a experiência educacional.Tudo isso graças à digitalização e à conectividade. Entretanto, o acesso a esses serviços ainda não é universal. A exclusão digital persiste como um desafio significativo, já que muitas regiões e comunidades no Brasil ainda enfrentam dificuldades de acesso à internet. Para ter uma ideia: de acordo com o TIC Domicílios, quase 19% da população brasileira com mais de 10 anos está desconectada da internet.
Ou seja, o novo cenário demonstra também a urgência em superar as disparidades digitais para garantir que todos possam participar da revolução educacional atual e ter oportunidades iguais de formação, especialização e empregos qualificados.O atual governo brasileiro vem atuando fortemente neste segmento com programas de estímulo à universalização do acesso à internet nas escolas públicas como o programa “GESAC” do Ministério das Comunicações e “Escolas Conectadas”, do Ministério da Educação, com investimentos relevantes para levar conectividade significativa a todas as escolas independente de onde se encontrem.
A SES tem alguns exemplos de como é possível uma digitalização inclusiva, capacitando comunidades e promovendo oportunidades educacionais equitativas. Um deles é na Guatemala, onde uma parceria da SES com o provedor de internet Comnet está contribuindo para a comunidade local ao levar tecnologia e ferramentas digitais para a Escola Primária de Canalitos.Além de patrocinarmos a compra de 30 computadores para serem utilizados como complemento das atividades didáticas, trabalhamos em conjunto com o Ministério da Educação para preparar uma quantidade extensa de conteúdo educacional.
Agora, os estudantes podem acessar livros didáticos, jogos, vídeos e materiais de leitura, e os educadores, materiais de treinamento e guias de saúde (especificamente para áreas sem acesso a cuidados médicos).Enquanto isso, o serviço de banda larga da Comnet é alimentado pela SES Networks, estendendo sua rede para áreas carentes de atendimento.
Tudo isso está sendo monitorado a partir de métricas que nos permitirão identificar os impactos positivos da iniciativa e o que pode ser melhorado. Com base nesses resultados, nossa intenção é expandir o projeto para outras regiões, para que mais estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade e melhores oportunidades no futuro.O poder das parcerias
Através do Programa de Parcerias SES, juntamos a expertise de provedores de serviços latino-americanos e empresas de telecomunicações com o poder sem precedentes da nossa tecnologia e comprovadas soluções de rede gerenciada.Em países onde há uma demanda crescente por crescimento digital, a conectividade à internet via satélite dá impulso à digitalização. Nossos parceiros nessas regiões aproveitam o poder dos satélites geoestacionários (GEO), como SES-10 e SES-14, ou a constelação de órbita média da Terra (MEO) O3b, que abrange toda a América Latina. Eles também utilizam nossas outras plataformas especializadas e serviços de banda larga.
No Brasil, temos parceria com a Briskcom, uma das líderes em telecomunicações via satélite, que atende principalmente os mercados de energia, agroindústria e mineração com banda larga ISPs.A oferta de soluções de rede corporativa confiáveis é impulsionada pela tecnologia da SES. A conectividade de alto desempenho permite aprimorar as capacidades digitais das empresas, incluindo Internet das Coisas (IoT), serviços em nuvem, telemetria, voz sobre IP (VOIP) e acesso à internet. Esses serviços atendem às necessidades sofisticadas dos clientes da Briskcom, otimizando seus sistemas para executar projetos cada vez mais complexos.
Conclusão
Como o satélite fornece conexão a qualquer pessoa, em qualquer lugar, independente de condições climáticas ou outras intempéries que podem afetar a infraestrutura terrestre de telecomunicações, nossos parceiros conseguem atender às necessidades diferenciadas de seus clientes em várias indústrias com a flexibilidade e escalabilidade de nossa tecnologia.Parcerias da SES na América Latina estão ajudando a criar o potencial para um futuro digital para todos e o Brasil tem tudo para aproveitar as oportunidades criadas pela educação cada vez mais conectada.