Como a internet via satélite pode transformar a mineração na América Latina

Descubra como a conectividade via satélite pode impulsionar a digitalização da mineração na América Latina, modernizando as operações, aumentando a produtividade e promovendo o desenvolvimento sustentável.

Mineração digitalizada: aprimorando o desenvolvimento das minas latinoamericanas com a conexão da SES 

A América Latina é uma região de significativa importância para a indústria de mineração, desempenhando um papel crucial no fornecimento de minerais essenciais para a transição energética global. Vários países latino-americanos têm um enorme potencial para contribuir com matérias-primas fundamentais para tecnologias verdes, tais como baterias de íon de lítio, painéis solares e turbinas eólicas.

O Chile, por exemplo, é o maior produtor de cobre do mundo, um metal crucial para a transição energética devido à sua aplicação em cabos condutores, baterias e sistemas de armazenamento de energia. Junto com a Bolívia e a Argentina, forma o triângulo do lítio, com 65% das reservas do componente essencial na fabricação de baterias de carros elétricos.

O Brasil é outro país com a mineração pujante na região, rico em uma variedade de minerais essenciais, incluindo nióbio, ferro, alumínio e ouro. Já o Peru é conhecido por suas reservas de prata, cobre, zinco e outros minerais.

Como a demanda global por esses materiais está em constante crescimento, impulsionada pela transição para fontes de energia renovável, modernizar as operações de mineração é vital para garantir produtividade, mitigar impactos ambientais e maximizar os retornos financeiros.

Essa necessidade tem levado grandes empresas a investirem cada vez mais em tecnologias avançadas, práticas de mineração responsáveis, gestão eficiente de resíduos e engajamento com as comunidades locais.

Mas a implantação de algumas tecnologias, especialmente na digitalização das operações – um caminho sem volta – às vezes enfrenta desafios, como a falta de comunicações confiáveis, um elemento-chave para operações produtivas e seguras.

Como tornar a mineração mais lucrativa e digitalizada?

Na República Democrática do Congo, no continente africano, a SES está ajudando a Ivanhoe Mines no seu projeto para desenvolver uma das operações de mineração mais avançadas do mundo.

O projeto da mina de cobre Kamoa-Kakula é fruto de uma joint venture entre a Ivanhoe Mines, o Grupo de Mineração Zijin e o governo do Congo, e está empregando tecnologias sofisticadas para exploração, perfuração, construção de minas e operações contínuas. E toda essa tecnologia requer uma conectividade de dados confiável e de alto desempenho.

E o que poderia ser uma barreira, foi transformado em alavanca para produtividade.

Segundo Wood Mackenzie, essa mina é considerada uma das maiores descobertas de cobre de alta qualidade e não desenvolvidas do mundo, e está a caminho de se tornar uma das maiores minas de cobre do planeta.

Mas a localização remota da instalação e a distribuição em uma grande área geográfica tornaram desafiador fornecer conectividade para as operações avançadas de informação e operações (TI/TO).

Localizada a cerca de 270 quilômetros a oeste da capital provincial de Lubumbashi, Kamoa-Kakula não tinha acesso a fibra comercial ou infraestrutura de banda larga, principalmente porque estender redes sem fio ou com fio até lá não era economicamente viável para as operadoras de telecomunicações.

Anil Udayabhanu, gerente de TI da Kamoa Copper, conta que a parceria com a SES para entregar conexão via satélite chegou para atender as especificidades geográficas, operacionais e de custo da mina.

Com conectividade semelhante à fibra usada em sua frota de satélites de Órbita Média da Terra (MEO), o serviço é gerenciado de ponta a ponta conectando as operações de mineração distribuídas de Kamoa-Kakula e sem custos de construção.

A SES entende que para qualquer negócio desse tipo, o tempo é crucial, pois está diretamente relacionado à produtividade. No caso de Kamoa-Kakula, em pouco mais de um mês toda a infraestrutura de conectividade estava pronta para operação.

A rede foi desenvolvida para funcionar como uma espinha dorsal da operação de mineração, suportando tanto as necessidades do momento da instalação, quanto as que viriam no futuro próximo, como transporte de dados da Internet das Coisas (IoT) de milhares de sensores e dispositivos em toda a mina. A conexão também possibilita aplicativos em nuvem, monitoramento e controle em tempo real de equipamentos automatizados, manutenção preditiva, voz e vídeo em tempo real - cada um com sua própria qualidade de serviço.

Vale dizer que a conectividade ainda aumentou a eficiência, produtividade e moral das equipes que operam em diferentes atividades na mina. Com internet rápida e constante, os trabalhadores podem fazer videoconferências com a sede e outros locais na China e África do Sul, onde fecham negócios. Durante o tempo livre, eles se conectam às suas famílias usando aplicativos como Skype e redes sociais, reduzindo a distância e melhorando a qualidade da estadia dessas pessoas no local de trabalho. Isso melhorou a produtividade dos colaboradores, que já não se sentem mais tão longe de casa.

Conclusão

Apesar de parecer um exemplo distante da América Latina, na África, a tecnologia da SES serve para qualquer mina em qualquer lugar do mundo. O satélite não tem fronteiras e os serviços de dados gerenciados da SES fornecem uma solução de conectividade rápida e eficiente para operações em todo o planeta – da América do Sul à América do Norte, da Ásia à Oceania.


Performance Entregue

A comunicação via satélite oferece flexibilidade, confiabilidade e alta capacidade para o setor de energia. Permite conectividade em áreas remotas, garante backup em caso de falhas na infraestrutura terrestre e facilita a realocação de recursos conforme a demanda.